Aragon, Louis
A Senhora do Lago
terça-feira, 30 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
O Sono
e brilhantes, uma cabeça de esfinge, uma lâmpada
que fumega. Talvez por os não vermos, vejamos rios
que flamejam, jardins sepultos, um antepassado
desconhecido e cinzento que se derrama no quarto,
um portão esvoaçante, uma pequena fenda por onde
se vai até às nuvens nocturnas. Tudo o que
lá possa estar é tudo: a vassoura esquecida,
o rosto primordial da mãe, uma torre de cadáveres
ou um modesto banco de madeira onde deixaram
um vaso verídico de gerânios. Talvez um deus
vítreo, rútilo ou, pintada de azul, uma virgem ocre
no cume de colina grega. Uma estranha música soa
nas paredes, antes do exílio para onde nos leva o sono.
Orlando Neves, in "Decomposição - a Casa"
Anedota
Numa farmácia do Entroncamento, entra um cliente e dirige-se ao empregado:
— Bom dia, eu queria um comprimido!
O empregado vai lá dentro e traz-lhe um comprimido aí com meio quilo.
— Então! — diz o cliente. — Apresenta-me isto?!
— Caro senhor, aqui no Entroncamento é tudo à grande! — responde o empregado.
— Olhe, já agora, queria um pacotinho de algodão!
E o empregado traz-lhe um pacote enorme de algodão.
— Ena! — diz o homem.
— Caro senhor, eu já lhe disse! Aqui no Entroncamento é tudo à grande!
O empregado faz a conta e pergunta-lhe:
— Não quer mais nada?
— Olhe, eu queria supositórios, mas vou comprá-los a Lisboa!
Irritado com os alunos, o professor lançou um desafio:
— Aquele que se julgar burro, faça o favor de ficar de pé! Toda a gente continua sentada. Alguns minutos depois, o Joãozinho levanta-se.
— Quer dizer que tu te julgas burro? — perguntou o professor, indignado.
— Bem, para dizer a verdade, não! Mas fiquei com pena de ver o senhor aí de pé sozinho!
quinta-feira, 25 de março de 2010
A Menina e a Lua
O rei convocou os sábios da corte, matemáticos, mágicos, cavaleiros com experiência de países distantes, músicos e até feiticeiros. A lógica e a matemática tem limiteis; feitiçaria e fórmulas não conseguiam fazer essa mágica; mas o bobo da corte – que chamavam de palhaço e não foi consultado por ser bobo – assegurou ao rei que atenderia ao pedido da menina. O rei fingiu que ele não era bobo, e deu permissão para que o palhaço continuasse.
- Princesinha, qual é o mesmo o tamanho da lua?
- Assim, do tamanho duma medalha.
- De que é feita?
- Ela é toda de prata.
- Agora ela está muito alto no céu. Quando chegar à altura daquela árvore, eu subo lá e pego a lua para você. Durma sossegada, que ela demora a descer.
Enquanto a lua descia atrás das árvores, o palhaço foi aos tesouros do rei, escolheu uma linda medalha, branca e redondinha como a lua. Prendeu-a num cordão de ouro e aguardou o sol chegar.
A corte inteira quis presenciar o espectáculo. O palhaço com as mãos nas costas, olhou para a princesinha e disse:
- Querida princesinha, que acaba de acordar com um beijo do sol bem na ponta do nariz, adivinha o que eu tenho escondido aqui?
- A lua! Gritou a menina
- A lua! Respondeu o bobo
- A lua! Gritou o rei
- A lua! Gritaram por todo o palácio.
E o bobo da corte pendurou a lua no pescoço da menina. a menina sarou completamente.
No dia seguinte, a menina e o bobo olhavam pela janela. E lá apareceu de novo a lua no céu. Mas o palhaço explicou:
- Veja princesinha, como Deus é bom. Roubei a lua lá de cima, e ele pôs outra no lugar.
Ps: Tradução livre do famoso conto de James Thurber.
terça-feira, 23 de março de 2010
Perguntas Sem Resposta
- Porque é que os ginecologistas saem do consultório para as mulheres se despirem?
- Se uma pessoa comprar um terreno, ela possui o terreno todo até ao centro da terra?
- Porque é que se chama 'Alcoólicos Anónimos' quando a primeira coisa que fazemos é dizer ' O meu nome é Zé e sou alcoólico '?
- Porque é que a água mineral que corre pelas montanhas durante séculos tem uma 'data para consumo'?
- Porque é que as torradeiras têm sempre uma opção para uma temperatura tão alta que queima as torradas todas?
- Porque é que os pilotos kamikaze usam capacete?
- Porque é que quando o Incrível Hulk se transforma, rebenta toda a roupa menos as cuecas?
- Porque é que o Pateta anda em pé e o Pluto anda de quatro? São ambos cães!
- Se o óleo de milho é feito de milho, e o óleo vegetal é feito de vegetais, do que é feito o óleo de bebé?
- Porque é que quando uma pessoa te diz que há um bilião de estrelas no céu tu acreditas e quando te diz que tens as cuecas molhadas tu precisas de apalpar para ter a certeza?
- Será que os analfabetos sentem o mesmo efeito ao comer sopa de letras?
- Porque é que as agulhas para injecções letais dos condenados à morte são esterilizadas?
- Porque é que ainda está a ler isto? Não tem mais nada para fazer?
segunda-feira, 22 de março de 2010
Pensamento da Semana
sexta-feira, 19 de março de 2010
Momento Zen de Sexta-Feira
quarta-feira, 17 de março de 2010
Primavera e as Borboletas
No tempo dos romanos e até ao século XVI, havia o Verão (a actual Primavera), o Estio (o actual Verão), o Outono e o Inverno.
A palavra Verão provém do latim vernum, com o significado de “tempo primaveril”, derivado de ver, veris, que significava Primavera. A expressão primo ver (que originou o termo Primavera) aplicava-se apenas ao começo da estação: primo + ver = o primeiro Verão (= actual Primavera), o princípio do Verão (= Primavera).
Esta altura do ano é de grande beleza, o sol resplandecente, os sorrisos alegres, as andorinhas, as flores reflectem a sua perfeição e as borboletas nos inebriam com as suas cores e padrões distintos.
Em grego antigo Borboleta diz-se Psyché, ou seja, ALMA. Por sair do casulo ao nascer, a borboleta é símbolo da alma imortal. Representa auto-transformação, clareza mental, novas etapas e LIBERDADE!
Coloridas e diurnas, as borboletas prenunciam acontecimentos alegres, ao contrário de suas irmãs mariposas, quase sempre negras e nocturnas, que noticiam a infelicidade. No imaginário humano, porém, ambas estão relacionadas à alma. Na cultura greco-romana, assim como na egípcia, acreditava-se que a alma deixava o corpo em forma de borboleta. A palavra psique, em grego, quer dizer ao mesmo tempo espírito e borboleta. Nos afrescos de Pompéia, a psique é representada por uma criança com asas de borboleta.
A civilização asteca, ela era o sopro vital que saía pela boca do morto, além de estar associada a uma divindade (Itzpapalotl, cruzamento de uma mulher com uma borboleta). Esse simbolismo está relacionado à sua metamorfose, que, metaforicamente, expressa a saída do túmulo (casulo) para o renascimento. Essa associação de seu ciclo vital – a passagem do mundo dos mortos para o dos vivos-, também é utilizada na cultura oriental.
A borboleta é considerada um símbolo de ligeireza e de inconstância, de transformação e de um novo começo. A psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de renascimento.
No Japão a borboleta é um emblema da mulher, por ser graciosa e ligeira. A felicidade matrimonial é representada por duas borboletas (masculino e feminino). Essas imagens são muitas vezes utilizadas em casamentos. Também são vistas como espíritos viajantes que anunciam a morte de uma pessoa próxima quando aparecem. A metamorfose das borboletas é simbolizada como: a crisálida é o ovo que contém a potencialidade do ser; a borboleta que sai dele é um símbolo de ressurreição. Também pode ser vista como a saída do túmulo. No mito do imortal jardineiro (Yuan-ko), sua bela esposa ensina o segredo dos bichos-da-seda, sendo ela própria, talvez, um bicho-da-seda.
No Vietname, sua presença exprime longa vida, mas, nesse caso, é devido a uma coincidência fonética: duas palavras com pronúncia semelhante significam “borboleta” e “longevidade”.
Um conto irlandês chamado Corte de Etain simboliza a borboleta como a alma liberta de seu invólucro carnal, como na simbologia cristã. No conto o deus Miter se casa pela segunda vez com uma deusa chamada Etain, e por ciúmes, sua primeira esposa, transforma-a em uma poça de água. Após algum tempo, a poça dá vida a uma lagarta que se transforma em uma linda borboleta. Mider e Engus (filho de Dagda) recolhem a lagarta e a protegem. "E essa lagarta se torna em seguida uma borboleta púrpura.(...) era a mais bela que já ouve no mundo. O som de sua voz e o bater de suas asas eram mais doces que as gaitas de foles, as harpas e os cornos. Seus olhos brilhavam como pedras preciosas na obscuridade. Seu odor e seu perfume faziam passar a fome e a sede a quem quer que estivesse cerca dela. As gotículas que ela lançava de suas asas curavam todo o mal, toda doença e toda peste na casa daquele de quem ela se aproximava. O simbolismo é o da borboleta, o da alma liberta de seu invólucro carnal, como na simbologia cristã, e transformada em benfeitora e bem-aventurada."
Os balubas no Zaire central também simbolizam a borboleta como a alma. Eles dizem que o homem segue o ciclo da borboleta desde sua nascença até sua morte. O homem na infância é comparado a uma pequena lagarta e na maturidade, uma grande lagarta. Conforme vai envelhecendo, ele vai se transformando em uma crisálida. O seu túmulo seria associado ao casulo, de onde a alma sairá sob a forma de uma borboleta.•
Os iranianos acreditam que os defuntos podem aparecer sobre a forma de uma mariposa.
Para os mexicanos, os guerreiros mortos acompanham o Sol na primeira metade do seu curto visível, até o meio-dia. Depois os guerreiros descem à terra sob a forma de borboletas ou colibris. Essa associação se deve ao fato da analogia da borboleta com a chama. O deus do fogo asteca (HUEHUETEOTL) levava como emblema um peitoral chamado borboleta de obsidiana. Também é o símbolo do sol negro, pois atravessa o mundo subterrâneo durante seu curso. É o fogo oculto, ligado à noção de sacrifício, morte e ressurreição.
terça-feira, 16 de março de 2010
Obscuro Domínio
Amar-te assim desvelado
entre barro fresco e ardor.
Sorver o rumor das luzes
entre os teus lábios fendidos.
Deslizar pela vertente
da garganta, ser música
onde o silêncio aflui
e se concentra.
Irreprimível queimadura
ou vertigem desdobrada
beijo a beijo,
brancura dilacerada
Penetrar na doçura da areia
ou do lume,
na luz queimada
da pupila mais azul,
no oiro anoitecido
entre pétalas cerradas,
no alto e navegável
golfo do desejo,
onde o furor habita
crispado de agulhas,
onde faça sangrar
as tuas águas nuas.
Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"
segunda-feira, 15 de março de 2010
Perguntas Estúpidas
- Estás a dormir?
- Não, estou a treinar para morrer!
- Quando levamos um electrodoméstico para reparar e o técnico pergunta:
- Está avariado?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em casa e eu trouxe-o para passear.
- Quando está a chover e percebem que vais sair, mesmo com chuva, perguntam:
- Vais sair com essa chuva?
- Não, vou sair com a próxima.
- Quando acabas de te levantar, vem uma inteligente (sempre) e pergunta:
- Acordaste?
- Não. Sou sonâmbulo!
- um amigo teu liga para tua casa e pergunta:
- Estás onde?
- No Pólo Norte! Um Ciclone trouxe a minha casa para aqui!
- Acabas de tomar banho e alguém pergunta:
- Tomaste banho?
- Não, mergulhei na sanita!
- Estás na frente da porta do elevador da garagem do prédio e chega um que pergunta:
- Vai subir?
- Não, não, estou á espera que o meu apartamento desça para me levar.
- O homem chega à casa da namorada com um enorme ramo de flores. Até que ela diz:
- Flores?
- Não! São cenouras.
– Estás no WC, quando alguém bate á porta e pergunta:
- Tem gente?
- Não! É a merda que está a falar!
- Chegas ao banco com um cheque e pedes para trocar:
- Em dinheiro??
- Não, em caricas!
sexta-feira, 12 de março de 2010
Anedota
Contudo, o homem vai para cama e não consegue dormir. No dia seguinte, acorda apavorado. Tem a certeza de que vai morrer. Sai para o trabalho e conduz com o maior cuidado para evitar uma colisão. Não almoça, com medo de que a comida possa estar envenenada. Evita toda a gente, com medo de ser assassinado. Tem um sobressalto a cada ruído e a qualquer movimento suspeito esconde-se debaixo da secretária. Ao voltar para casa, diz para a mulher:
— Meu Deus, tive o pior dia da minha vida!
E ela responde:
— Tu achas que foi o pior? E o leiteiro, coitado, que morreu aqui à porta, hoje de manhã?
Momento Zen de Sexta-Feira
quinta-feira, 11 de março de 2010
A Páscoa
Estamos próximos da Páscoa e as crianças já perguntam quando recebem as amendoas e os ovinhos com brinquedos. Para muitos a palavra Páscoa apenas significa feriados e doces. Decidi partilhar o significado da palavra Páscoa convosco. A palavra Páscoa vem do idioma hebraico Pessach, significando passagem, é um evento religioso cristão, sendo a mais importante festa da cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo, depois da sua morte por crucificação, que teria ocorrido nesta altura do ano em 30 ou 33 d.C. O ovo é um símbolo antigo, anterior ao Cristianismo, que representa a fertilidade e a renascimento da vida. Os ovos de Páscoa são uma tradição milenar relacionada ao cristianismo. Costumava-se pintar um ovo oco de galinha de cores bem alegres, pois a Páscoa é uma data festiva que comemora a ressurreição de Jesus Cristo, o ovo é um símbolo de nascimento. O tradição do Coelhinho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, o certo é que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução, e a Páscoa marca a ressurreição para uma vida nova. Com o passar do tempo foram introduzidos nas comemorações da Páscoa, o ovo de chocolate, com a mesma simbologia do renascimento, mas que faz a grande alegria dos pequeninos.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Saúde
É cada vez mais comum ouvir-se dizer: “Não gosto de água”! Na amostra do estudo do Instituto de Hidratação e Saúde (IHS), 18% dos entrevistados não são contrários a essa afirmação, verificando-se nesses casos um aporte hídrico significativamente inferior (1,44 litros por dia) ao das restantes pessoas (1,62 litros por dia). Todavia, existem alternativas que ajudam a reforçar o consumo de líquidos e assim aumentar o aporte hídrico:
• Os sumos e os néctares de fruta também podem ser uma opção com a vantagem de aumentarem o aporte vitaminas e minerais;
• Experimente água aromatizada com limão, canela… Existe uma variedade de sabores que podem seduzi-lo, servindo de desculpa para beber mais um copo;
• Aposte em chás, tisanas e infusões de tília, camomila, erva-cidreira. Além de contribuíram para o aporte hídrico, confortam em dias frios;
• Outra hipótese são os leites, leites fermentados e os iogurtes. Destes, prefira os magros ou meio-gordos;
• Existem refrigerantes com e sem açúcar, com mais ou menos teor de sumo, com e sem gás. A diversidade de refrigerantes à disposição permite uma escolha de acordo com as necessidades e preferências.
• Coma sopa, de preferência de hortaliças e legumes. Pouco calórica, a sopa funciona como um cocktail de vitaminas, minerais e fibras que sacie e hidrata;
• A fruta natural contém uma boa percentagem de água. As mais ricas são: as ameixas, a laranja, a melancia, o melão, a meloa, os morangos e a papaia.
www.mulherportuguesa.com
Receita da Semana
Ingredientes:
• 1 lata de leite condensado
• 6 gemas
• 6 claras
Preparação:Coloque uma lata de leite condensado na panela de pressão, coberta com água e coza-a durante uma hora. Deixe arrefecer e abra a lata. Também pode optar por comprar leite condensado já cozido.
Bata muito bem o conteúdo com 6 gemas e envolva as 6 claras batidas em castelo.
Leve ao frigorífico até a hora de servir. Se quiser enfeite com amêndoa picada.
terça-feira, 9 de março de 2010
Anedota
aos velhinhos que não há nada de errado com eles, mas que seria bom ter um caderninho para anotar as coisas. À noite, quando estão os dois assistindo TV, o velhinho levanta e a mulher pergunta:
- Onde você vai?
- À cozinha - responde ele.
- Você não quer me trazer uma bola de sorvete? - pede ela.
- Lógico! - responde o marido solícito.
- Você não acha que seria bom escrever isso no caderno? - pergunta ela.
- Ah, vamos! Qualé? Ironiza o velhinho - Eu vou me lembrar disso!
Então ela acrescenta:
- Então coloca calda de morango por cima. Mas escreve para não ter perigo de esquecer.
- Eu lembro disso, você quer uma bola de sorvete com calda de morango.
- Ah! Aproveita e coloca um pouco de chantilly em cima! - pede a velha
- Mas lembre-se do que o médico nos disse... escreva isso no caderno!
Irritado, o velhinho exclama:
- Eu já disse que vou me lembrar!!
Em seguida vai para a cozinha.
Depois de uns vinte minutos, ele volta com um prato com uma omelete.
A mulher olha para o prato e diz:
- Eu não disse que você iria esquecer ? Cadê a torrada?
segunda-feira, 8 de março de 2010
Dia Internacional da Mulher
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.
O QUE SE PRETENDE COM A CELEBRAÇÃO DESTE DIA
Pretende-se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher.
MARCOS DE UM PERCURSO EM PORTUGAL NO MUNDO
As mulheres votam no Estado do Massachussetts. Perdem este direito em 1789.
Condorcet, filósofo e homem político francês, reclama para as mulheres o direito à educação, à participação na vida política e ao acesso ao emprego.
1792 - Reino Unido
Mary Wollstpnecraft pioneira da acção feminista, publica uma vindicta das Mulheres.
1822 - Portugal
Lucrécia Mott lança as bases de Equal Rights Association pedindo a igualdade de direitos para as mulheres e para os negros.
No dia 8 de Março, em Nova Iorque, greve das opcrárias têxteis para obter a igualdade de salários e a redução das horas dc trabalho, para 10 horas por dia.
Aparecimento de um movimento feminino em St. Pctersburgo para a emancipação da mulher.
As mulheres votam nas eleições municipais.
Louise Otto funda a Associação Geral das Mulheres AIemãs.
John Stuart MIII, filósofo e economista inglês, reclama o direito de voto para as mulheres.
1868 - Reino Unido
Criação da Sociedade Nacional para o Sufrágio Feminino.
Nascimento da Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres. O estado dc Wyoming concede o direito de voto às mulheres para atingir o número de eleitores necessário para entrar na União.
As mulheres têm acesso aos estudos médicos.
Inauguração de urna Escola Normal destinada a formar professoras para as escolas prirnárias e secundárias para raparigas.
Abertura da primeira Escola Normal para raparigas.
Abertura da primeira Universidade feminina em St. Petersburgo.
Susan B. Anthony funda o Conselho Nacional de Mulheres, tendo como patrono Victor Hugo; o célebre escritor era então um dos chefes do Partido Republicano.
Concedido o direito de voto às mulheres.
O deputado socialista René Viviani, sustenta pela primeira vez um debate sobre o direito de voto das mulheres.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Mistério
Que flor? Que fruto? Pétala indecisa...
Rima suave: Outono ou Primavera?
Teu corpo veio como vem a brisa...
Rosa de Maio, encastoada em luto:
O dos meus olhos e o do meu cabelo.
Um quarto para as onze! E esse minuto
Ai! nunca, nunca mais pude esquecê-lo!
Viu-se, primeiro, o rosto e o ombro, depois.
E a mão subiu das ancas para o peito...
— Quem és? Sou teu... (Quando um e um são dois,
Dois podem ser um só cristal perfeito!)
Um quarto para as onze! Caiu neve?
Abri os olhos! Era quase dia...
Ou bater de asas, cada vez mais leve,
De pássaro na sombra que fugia?
Pedro Homem de Mello, in "Nós Portugueses Somos Castos"
Anedota
Uma senhora entra numa drogaria da província e pede:
— Uma ratoeira, se faz favor. Mas depressa, tenho de apanhar o comboio.
O empregado muito calmo:
— Assim tão grande não temos.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Desafio do Mês
Os três irmãos porquinhos, cansados de viverem sobre as regras dos pais, decidiram sair da pocilga. Tomada a decisão, foram viver para a floresta. Cada porquinho tinha a sua ideologia de viver e como não encontraram consenso, resolveram viver em casas separadas.
Face às novas condições de vida os pais dos porquinhos solicitaram o rendimento mínimo e declararam que viviam sobre ajudas dos filhos. O Lobo mau decidiu analisar esta família e constou que os porquinhos nunca apresentaram declarações de IRS... nem descontos ...
O porquinho fundamentalista ecológico construiu a sua casinha (um T0) com palhas e galhos, equipada com lixo encontrado no rio e alimentava-se com o que a terra dava. No entanto o lobo mau, andava a espiá-lo já à algum tempo. Pois acreditava que a sua casinha tinha sido equipada por objectos roubados e sobrevivia através de negócios ilícitos associados a drogas. E como os pais tinham indicado que os filhos ajudavam nas contas.... O lobo mau era um agente da autoridade, conhecido por Sr. Inspector Lobo e em part-time vendia produtos naturais questionáveis...e decidiu confrontar o porquinho..... O porquinho quando vê o lobo mau, foge para dentro da sua casinha....E grita:
- Vai te embora óhhhh sanguessuga!!!! Daqui não levas nada...queres carninha!? Vai ao talho!!!!
E o lobo mau: - Caro porquinho, eu vendo produtos naturais, só quero mostrar o catálogo?
- Vai-te embora, já disse...Já tenho o que preciso...Eu não sou parvo....
- Saí daí porquinho, e justifica onde arranjas-te o dinheiro para esta casa...senão sais, eu sopro e sopro e derrubo esta casa de palha....
O lobo mau soprou e soprou (ainda demorou um cadinho, ele era fumador e teve de fazer umas pausas para ganhar fôlego) e a casa caiu. O porquinho correu e fugiu para a casa do 2º irmão...
O irmão do porquinho era um poeta apaixonado e construiu a sua casinha (T1) de madeira, pois acreditava encontrar a porca dos seus sonhos e viver uma história de “um amor e uma cabana”, mas para já ia vivendo muitos amores. Era um verdadeiro Don Juan....O Lobo mau também andava a investigar este irmão, acreditava que tinha uma rede de porcas a trabalhar para ele...e assim justificava a casa e as ajudas aos país....O lobo mau, zangado, bateu à porta e disse:
- Sr. Porco saia daí com o seu irmão, senão eu sopro e sopro e mando a casa abaixo !!!!!
Não dando oportunidade de resposta, soprou e soprou, com algumas pausas devido à falta de ar...e derrubou a casa...
Os porquinhos refugiaram-se na casa do irmão que construiu um T6 de tijolo com vista para o rio, com um LCD em cada divisão, aspiração central, comandos de voz, um verdadeiro luxo. Ora o Lobo mau, com receio de represálias deste porquinho, cirandou em volta da casa, procurando forma de invadir o espaço e descobrir os podres da família.....Mas, a porta da casa misteriosamente abriu-se e o lobo entrou logo a correr sem desconfiar no que podia acontecer...Aparecem três porquinhos e uma mula como advogada. Processaram o lobo mau por invasão de propriedade e difamação e contrabando de produtos naturais não credenciados. Comprovaram em tribunal que os dados de segurança social e fiscais estavam incorrectos por burrice do lobo mau, pertenciam a uma família de carraças. E foi assim que o Lobo Mau ficou a arder na cela com os cotos....E os três porquinhos viveram felizes para sempre...E sabem o que aconteceu à porca da mãe e ao porco do pai dos três porquinhos? Uhhhhhh Essa parte vão vocês escrever..(utilizar area de comentário)..é o desafio.......será publicado, na página inicial no dia 31/03, o texto vencedor...Regra: Não exceder os 500 caracteres...sejam originais e não tenham medo do ridículo.... :)
quarta-feira, 3 de março de 2010
Receita da Semana
• 1 kg de tamboril
• Sal q.b.
• 300 gr de camarão
• 1 cebola
• 2 dentes de alho
• 1,5 dl de azeite
• 1 folha de louro
• 1 colher de sopa de polpa de tomate
• 2 raminhos de coentros
• Piripiri q.b.
• 7,5 dl de água
• 150 gr de arroz
Preparação:
Arranje, corte e tempere o tamboril com sal. Descasque os camarões, deixando a cabeça e a ponta do rabo. Pique a cebola e os dentes de alho e faça um refogado com o azeite e a folha de louro. Adicione a polpa de tomate, os coentros, o piripiri e a água. Deixe ferver e apurarJunte o tamboril e o arroz, previamente lavado. Deixe cozer ( cerca de 15 minutos) e, quando estiver quase cozido, adicione os camarões. O arroz deve ficar malandrinho.
terça-feira, 2 de março de 2010
O Capuchinho Vermelho
"Era uma vez uma rapariga chamada Capuchinho Vermelho, que vivia com a mãe perto de um grande bosque. Um dia a mãe mandou-a levar um cesto de fruta fresca e água mineral a casa da avó - não porque tal fosse trabalho de mulher, claro, mas porque se tratava de um acto generoso que contribuía para fomentar um sentimento de comunidade. Aliás, a avó da rapariga não estava doente, encontrando-se, pelo contrário, de perfeita saúde física e mental, inteiramente capaz de cuidar de si, como adulta madura que era.
Vai daí, Capuchinho Vermelho fez-se ao caminho pelo meio do bosque com o cesto enfiado no braço. Muitos achavam aquele bosque um lugar perigoso e de mau presságio, pelo que nunca lá punham os pés. Capuchinho Vermelho tinha, porém, tal confiança na sua sexualidade a desabrochar que não se deixava intimidar por tão óbvia imagética freudiana.
No caminho para casa da avozinha, Capuchinho Vermelho encontrou um lobo, que lhe perguntou o que levava no cesto e a quem respondeu:
- São uns alimentos saudáveis para a minha avó, que é evidentemente capaz de tomar conta de si própria, como adulta madura que é.
- Sabes, minha querida, não é nada seguro para uma menina como tu andar sozinha pelo meio destes bosques! - retorquiu o lobo.
- Considero extremamente ofensiva a tua observação sexista - disse o Capuchinho Vermelho -, mas vou ignorá-la tendo em conta a tua tradicional condição de pária da sociedade, cujo trauma te levou a criar uma mundividência própria, perfeitamente válida. E agora, se me dás licença, tenho de prosseguir o meu caminho.
Capuchinho Vermelho continuou a andar, sempre pelo carreiro principal. No entanto, o lobo, cuja condição de excluído da sociedade o isentara da obediência escravizante ao raciocínio linear do tipo ocidental, conhecia um atalho para a casa da avozinha. Irrompeu pela casa dentro e comeu a senhora, procedimento inteiramento adequado a um carnívoro, como era o seu caso. A seguir, liberto das noções rígidas e tradicionalistas quanto ao que era masculino ou feminino, vestiu a camisa de dormir da avozinha e enfiou-se na sua cama.
Capuchinho Vermelho entrou na cabana e exclamou:
- Avozinha, trouxe-lhe umas coisinhas para comer, sem gordura nem sal, em homenagem ao seu papel de matriarca sábia e criadora.
Da cama, o lobo respondeu, em voz sumida:
- Chega-te cá, netinha, para eu te ver.
Capuchinho Vermelho acrescentou:
- Ah, é verdade! Já me esquecia de que a avozinha é opticamente tão limitada como um morcego. Mas avozinha, que grandes olhos tem!
- Já muito viram e muito perdoaram!
- E que grande nariz tem (em termos relativos, claro, e, de qualquer modo, atraente, à sua maneira).
- Já muito cheirou e muito perdoou, minha querida!
- E que grandes dentes tem!
Aí o lobo disse:
- Sinto-me muito feliz por ser quem sou. - E saltou para fora da cama, filando-a com as suas garras, pronto a devorá-la.
Capuchinho Vermelho gritou, não assustada coma aparente tendência do lobo para o travestismo, mas horrorizada com a invasão do seu espaço pessoal.
Os seus gritos foram ouvidos por um lenhador (ou técnico de combustível lenhoso, como preferia que lhe chamassem) que passava ali perto. Quando irrompeu pela cabana, logo se apercebeu da confusão e tentou intervir. Mal ergueu no ar o seu machado, Capuchinho Vermelho e o lobo pararam de brigar.
- Que pensa o cavalheiro que está a fazer? - perguntou Capuchinho Vermelho. O lenhador arregalou os olhos de espanto e fez menção de responder, mas nem uma palavra lhe ocorreu. - Entrar aqui como um Homem de Neanderthal , deixando que a sua arma pense por si !- exclamou ela. - Machista! Especista ! Como se atreve a presumir que mulheres e lobos sejam incapazes de resolver os seus problemas sem a ajuda de um homem?
Ao ouvir o discurso arrebatado de Capuchinho Vermelho, a avozinha saltou de dentro da boca do lobo e, agarrando no machado do lenhador, cortou-lhe a cabeça. Passado o mau bocado, Capuchinho Vermelho, a avozinha e o lobo sentiram-se unidos por uma certa comunhão de propósitos. Decidiram, por isso fundar uma família alternativa baseada no respeito mútuo e na cooperação e viveram juntos e felizes no bosque para sempre."
por James Finn Garner
em "Histórias Tradicionais Politicamente Correctas - Contos De Sempre Nos Tempos Modernos
segunda-feira, 1 de março de 2010
Anedota
Levanta-se um doido:
- É um objecto através do qual se pode ver !
- Muito bem ! Dê-me um exemplo de um objecto transparente ...
- O buraco da fechadura !
Pensamentos da semana
Blaise Pascal
“Autoconfiança é o primeiro segredo para se atingir o sucesso”
Ralph Waldo Emerson